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[sábado, junho 17, 2006]

ainda é cedo...

... para ter certezas. mas nos próximos dias (esperemos que nao se alongue para Julho nem Agosto), serão dados passos largos na minha vida.

Como disse no post anterior, a ansiedade sempre se pendurou nos meus ombros. Fez-me sonhar de tal modo que a pressão acabou por deteriorar tudo. Não quero que seja assim novamente. E esta imaginação toda, esta criatividade que tanto me caracteriza: evidente, quanto mais não seja, em ter criado ambos os blogs a partir de nada; posts anteriores, comentarios, links, favoritos, profiles, etc... tudo criado de raíz. por quê? não me perguntem. podia perfeitamente ter usado algo já definido e depois alterar umas coisinhas mas fui pelo caminho mais complicado, talvez mais parvo até... Bem, toda a criatividade nem sempre benéfica ajuda-me a sonhar, ajuda-me a voar, mas nem sempre a aterragem é perfeita. Como tal, optei por idealizar uma escada, como um organograma do rumo que pretendo dar à minha vida. Sei que não sou velho, tenho 24 anos. Mas por vezes penso que, com esta idade, podia ter dado e ter feito tanto mais. Em parte culpo os meus pais. Por que não me viciaram no desporto ou me puseram a estudar música, línguas (umas 2 ou 3, além do inglês)? não sei a resposta, talvez conformismo. Tinha tanto potencial mas enfim. Desperdícios...

Nos tempos da primária, em meados de Agosto creio eu, costumavam ser comprados os livros do ano lectivo que se iria iniciar em Setembro. Aqui o jovem costumava ler tudo, fazer todos os exercícios sem qualquer tipo de ajuda, e depois o ano escolar era feito somente na escola. queria lá eu saber dos trabalhos de casa; já tinha tudo feito. tirava as melhores notas da turma. Ficava triste quando errava qualquer coisa e fazia-me confusão ver pessoas felizes por terem tido um Satisfaz ou um Bom. Mas para onde foram estas capacidades? Na preparatória, estudava somente na véspera, conseguia decorar livros de uma ponta à outra, sem errar sequer as vírgulas. Anos depois, a preguiça, a ansiedade, o nervosismo tomavam conta de mim. A faculdade, nem vale a pena falar. Atrofios, problemas pessoais, aliados à minha complicada maneira de ser fizeram deste período, algo heterogéneo. Algumas pessoas interessantes, algumas pessoas amigas, algumas traições e faltas de respeito, alguma competitividade alheia para mim, momentos de puro stresse, momentos de fadiga, iniciação no mundo do trabalho através de part-times complementares à faculdade, festas, jantares, lanches, imperiais, drogas leves, bebedeiras, sacrifícios, etc. Tudo isto terá valido a pena? Agora, de férias, creio que sim. Mas lutei bastante para aqui chegar, e sei que só no final me esmerei. Existem complexos que não desaparecem, feridas que demoram a sarar, feridas que nos rasgam as cicatrizes das feridas já saradas. À minha volta, uns com facilidades e outros com dificuldades mas felizes. Nunca ninguém me olhou como os meus colegas da primária me olhavam. Eram pessoas semelhantes, por isso concluo que a mudança foi somente em mim. E, agora que penso nisso, foi uma mudança inevitável mas indesejada na parte que me diz respeito.

Neste momento, tudo teria sido diferente. Teria terminado o curso há 2 anos atrás, com uma média elevada. Mas isso não aconteceu porque eu mudei, graças às ruas que me rodeavam, graças às pessoas que abracei e beijei, graças às balas que me atingiram no peito, graças às rasteiras e aos tapetes inconstantes. Sou quem sou, por isto tudo, pela vossa e pela minha própria vontade.

Sorrio quando escrevo isto. Há uns anos atrás, teria chorado. Gosto de pensar que isto é positivo e me dará força para reencontrar a criança que se perdeu há muitos anos atrás. Quero reencontrá-la, quero reencontrar-me, abraçar-me e meter a conversa em dia comigo mesmo. Sim, sorrio nostalgicamente, e com esperança. Quem me conhece desde sempre (e que dificilmente lerá isto), e que se fartou de me ouvir dizer "não pertenço a este mundo de merda" e que me denominou de "diferente, no bom sentido", deve estar a pensar "até que enfim". Sim, até que enfim tenho esperança em mim, mas ainda não vai ser desta que me vou sentir parte deste mundo.

Planos, planos e mais planos. Agora sonho com maior suavidade, imagino os degraus da escada que criei. Curso finalizado. Mais um passo. Maior confiança. Mais um passo. Maior força de vontade. Levanto a perna para iniciar nova passada. Simultaneamente, Emprego Estável. Próximo passo e que desencadeará o aparecimento de novos degraus. Mas, tudo a seu tempo. Calma, rapaz. Não voltes a voar tão alto. Já devias saber que quando aterrares, a tua cabeça ficará esmagada. Não queres que isso volte a acontecer, pois não?

Não. Depois de tudo, abraço-vos a todos (os que me levantaram do chão e aqueles que me atiraram para o mesmo). Sou quem sou graças a vocês. Embora não completamente satisfeito com isso, aceitar-me como sou, aceitar o que tenho, desejar muito mais e ter a força para o conseguir, só foi possível por ter sido tratado como fui. por vezes mal, por vezes bem. A vida é assim. Estamos todos no seu pedacinho de terra rodeados por um fosso. Por vezes, atiro uma corda em meu redor, corda essa que já foi agarrada por muita gente. Uns usam-na para me visitaram e pisarem o meu chão. Outros usam-na para me puxarem para eu pisar o seu chão. E outros ainda, usam-na para me puxarem repentinamente e me largarem para o fosso. É a vida. E, com aquele sorriso, vos volto a piscar o olho. E desta vez digo "obrigado".

KK



por KaRL * 6/17/2006 12:56:00 da tarde
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