Wound Opens, Reveal This Broken Man

[quinta-feira, novembro 29, 2007]

josh rouse @ aula magna - review

Foi a 4ª vez que vi Josh Rouse ao vivo.
A primeira foi em Paredes de Coura. Já conhecia na altura mas fiquei agradavelmente surpreendido com este senhor. Pouco tempo depois, ele regressou para um concerto (super) a solo no Fórum Lisboa, onde pude ver/ouvir autênticas pérolas musicais. Maravilhei-me por completo, deu para sorrir, fechar os olhos, cantar com ele, bater palmas, vibrar por completo.
Posteriormente, vi-o no mini-concerto do Sudoeste, que me passou um pouco ao lado. Não gostei muito, confesso. Mas o cansaço era enorme, devo admitir.

Pois é, na Aula Magna faltaram mais pérolas. Num alinhamento de promoção ao novo álbum, centrar-se tanto nos dois anteriores (Subtitulo e Nashville) era dispensável. Apenas a "Feeling No Pain" foi tocada no que se refere a faixas anteriores ao "1972" (e deste álbum ouviram-se 3, um número aceitável mas que sabe sempre a pouco pois é um álbum formidável; de fora ficaram a Slaveship e a Sunshine, por exemplo). Cadê uma faixazinha do HOME (como a clássica "Directions")e do Dressed Up Like Nebraska ("Suburban Sweetheart" ou "Late night Conversation")? Isto sem falar em coisas maravilhosas como a Miracle, Christmas with Jesus, Nothing Gives me Pleasure (mas isto já é tudo do Under the cold blue stars, representado durante a noite com a tal Feeling no Pain). E para onde foi a Winter in the Hamptons? ai ai ai...
A minha maior "queixa" é mesmo o alinhamento, e isso pode ser um bom sinal pois é algo muito subjectivo e que varia de pessoa para pessoa.

Receei o cancelamento do concerto. O showcase da Fnac e as entrevistas tinham sido canceladas para o homem poder recuperar um bocadinho para a noitada e, muito a custo (é notório o esforço que ele faz, visualizando vídeos do concerto), conseguiu presentear-nos com um concerto mediano. Foi divertido dentro dos limites fora do controlo do Josh Rouse (o seu estado de saúde) e os limites que ele próprio criou (o alinhamento).

Em média, 3/5 Estrelas (três em cinco).. e estou a ser benevolente, piscando o olho à minha enorme admiração pelo grande artista. Se primasse por uma objectividade total, teria caído para as 2 estrelas.

Obrigado pelo bilhete. Obrigado pela companhia. Obrigado por tudo.

por KaRL * 11/29/2007 12:13:00 da tarde
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